sábado, 27 de setembro de 2014

O VALOR DA VERDADE COMO PRINCÍPIO MORAL DO CRISTÃO


Sempre que se fala em resgate, pressupõe-se que tenha havido a perda de algo essencial. Esse é o caso. A corrupção de qualidades consagradas como a verdade, a honestidade, a sinceridade, o respeito, a atenção, a boa educação, entre outras, tem se generalizado, espalhando-se por todos os seguimentos sociais. Não tenho dúvidas em dizer que a nossa sociedade está cada vez mais corrompida no que se refere aos valores morais. Até mesmo entre os grupos mais seletos e mais conservadores verificam se alterações radicais em seus paradigmas.   Alega-se que tudo mudou e que os tempos são outros; e aquele que quiser sobreviver nesse mundo, também precisa passar por constantes transformações. Precisa fazer uma atualização em sua vida e em seu modo de ver, valorizar e sentir as coisas. E é justamente por nos posicionarmos na contramão desses pensamentos que, ortodoxamente, insurgimos com a presente reflexão. Entendemos que de fato precisamos nos atualizar em muitas coisas, mas não dá para fazer o mesmo com todos os nossos valores. Alguns deles são imutáveis para mim. 
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domingo, 14 de setembro de 2014

O futuro da juventude

Prof. Izaias Resplandes

Há um versículo na Bíblia, no livro do Eclesiastes, o qual diz assim: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Cf. Ec. 11:9).

É comum de se ouvir que os jovens são o futuro da Nação; outros contestam isso, dizendo que eles são o presente e não o futuro. Na verdade, as duas afirmações podem ser verdade, porque o futuro não nega o presente, apenas se apresenta como mais uma de suas possibilidades. Mas o que queremos analisar é a possibilidade dos jovens de hoje virem a ocupar os espaços do amanhã. Não resta dúvidas de que isso é possível, desde que façam as lições de casa de hoje.

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sábado, 13 de setembro de 2014

A responsabilidade social do cristão


Prof. Izaias Resplandes


"Hoje eu estou me sentindo sem importância!". "Cuide de sua vida!". Essas foram as duas frases que mais tiveram impacto sobre mim durante esta semana.  A primeira, eu ouvi de um aluno na escola onde trabalho. A segunda, li no feed de notícias de uma amiga muito especial, no facebook. Ambas atacaram diretamente a minha responsabilidade social e me fizeram lembrar que eu tenho um compromisso pessoal com Deus de estar cuidando de toda a sua criação, principalmente das pessoas mais próximas de mim. Essas frases também me fizeram lembrar da história de Caim, lá no começo do mundo, quando, por despeito matara seu irmão Abel, registrada em Gn 4:3-16.

domingo, 7 de setembro de 2014

O voto racional

O VOTO RACIONAL

PROF. IZAIAS RESPLANDES

Como é meu costume fazer em todos os anos eleitorais um esclarecimento aos irmãos sobre a sua responsabilidade nesta área, aqui estamos mais uma vez realizando esse trabalho, fazendo um paralelo com o texto sagrado, visando auxiliar aos irmãos na difícil tarefa de escolher seus candidatos dentre os milhares que se apresentam nessa condição.
Eleição não é brincadeira. Ao escolher os governantes e os legisladores de nosso Estado e de nosso País, estaremos escolhendo alguém que irar colocar um jugo sobre nossas costas. Estando eles eleitos, possuem o direito de estabelecer fardos de responsabilidades para nós carregarmos ou executarmos.
A sabedoria consiste em escolher os candidatos que irão colocar fardos mais leves sobre nós. Não se vota em alguém do qual não se tenha um mínimo de conhecimento. Hoje é muito fácil conhecer um candidato. A mídia eletrônica torna isso bem mais fácil. Desse modo, antes de decidir votar em alguém, faça uma pesquisa na mídia eletrônica. Procure conhecer esse candidato. Não assuma compromisso no escuro. Não é apenas a sua vida que será afetada pela sua escolha. Toda a igreja sofrerá as consequências, qualquer que seja ela. De forma que todos nós, meus queridos, temos grande responsabilidade neste processo seletivo eleitoral.
Vamos à Bíblia buscar alguns paralelos para melhor entendermos essa questão...
A Bíblia traz uma breve narrativa sobre a história dos judeus. Eles tiveram várias formas de governo. No início eram governados pelos patriarcas. Depois vieram os juízes, os reis e, atualmente, Israel é uma República Parlamentarista governada pelo primeiro ministro Benjamin Netanyahu e tendo como Chefe de Estado, o advogado Reuven "Ruby" Rivlin, eleito em junho de 2014, para um mandato de 7 anos.
O último juiz do Israel bíblico foi o profeta Samuel. Ele foi um bom juiz, mas já estando velho tomou a decisão de nomear seus dois filhos como juízes em seu lugar, o que foi um desastre, porque:
 “seus filhos não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram suborno, e perverteram o direito” (1 Sm 8:3).
Esse é um risco que corremos ao eleger alguém para nos governar em um sistema político como o brasileiro, no qual os eleitos possuem mandatos de quatro anos, a exceção dos senadores que têm mandato de oito anos.
Ninguém vem com uma estrela na testa dizendo que será um bom governante ou um bom representante. De forma que poderemos errar em nossas escolhas e termos que sofrer amarguras por conta disso até o término dos mandatos, visto que é bem difícil cassar o diploma de um eleito, embora não seja impossível, já existe previsão legal para tanto.
No Israel bíblico, o povo entendeu que era melhor encerrar a era dos juízes e escolher um rei. E então pediram isso a Samuel, o qual não gostou da ideia, mas consultando a Deus, o qual embora também não se agradasse da decisão, concordou com a decisão, apenas mandando que Samuel esclarecesse quais seriam os direitos do rei.
Assim diz a Palavra: 
“Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti. Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles” (1 Sm 8:8-9).
A atitude de Deus não poderia ser diferente. Como Criador, havia feito o homem dotado de livre arbítrio, com direito de tomar as decisões que desejasse. Todavia, o Senhor sempre advertiu ao homem sobre suas eventuais escolhas, antes dele tomar suas decisões.
Lembremos de Adão, o primeiro homem, feito diretamente pelas mãos de Deus, do pó da terra e se transformado em alva vivente pelo sopro divino em suas narinas.
Após a sua criação, diz a Bíblia que 
“tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:15-17).
As normas jurídicas são compostas de duas partes: preceito e sanção, sendo que no preceito encontra se a conduta ordenada pelo direito, podendo ser de proibição, obrigação ou permissão, enquanto que a sanção encerra a consequência da inobservância do preceito.
A ordem de Deus para que o homem não comesse da árvore do conhecimento era o preceito da lei divina. E a sanção estabelecida para a desobediência da norma era: Se dela comeres, certamente morrerás!
E assim acontece com todos os preceitos de Deus. Eles trazem um alerta para que o homem evite a conduta perniciosa, que ocasiona danos, que é prejudicial, nociva, ruinosa ou perigosa. E o homem tem a liberdade de decidir se faz ou não faz. Foi um homem desse tipo, aquele que Deus criou. O que ele espera é que tão somente, cada um de nós aja de forma responsável, não apenas pensando em si mesmo, mas pensando sempre no coletivo, preocupando com todos e não apenas com seu próprio umbigo.
Mas voltando a Samuel, eis que ele falou: 
“Todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei. E disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós; ele tomará os vossos filhos, e os empregará nos seus carros, e como seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros. E os porá por chefes de mil, e de cinquenta; e para que lavrem a sua lavoura, e façam a sua sega, e fabriquem as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros. E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos. E as vossas sementes, e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais, e aos seus servos. Também os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores moços, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de servos. Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia. Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei” (1 Sm 8:10-19).
Nem sempre o bom conselheiro é ouvido. O povo do Israel bíblico preferiu não ouvir aos conselhos de Samuel e assumiram a responsabilidade de sua decisão. Nós também temos liberdade de seguir aquilo que nós achamos melhor, ao invés de ouvir aos nossos líderes confiáveis. Mas  orientação bíblica é no sentido contrário, ou seja, o desejo de Deus é que sejamos prudentes e tomemos e sigamos orientações com as lideranças que cuidam de nossas almas em nome de Deus. 
Assim diz a Bíblia em Hb 13:17  
“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”.
É evidente que até nisso prevalece o nosso livre arbítrio, no sentido de ouvir ou não ouvir. Todavia, aquele que toma conselhos, com certeza haverá de tomar a melhor decisão, principalmente se ouve as pessoas certas, que realmente estão sempre do seu lado, orando, ensinando e cuidando de você.
Nos últimos dias, como professor, ouvi muitos alunos dizendo que não vota em fulano, não vota em sicrano e et cetera e tal. E a todos perguntei por que? E não tinham uma resposta. Então os orientei a pesquisar sobre os candidatos que eles diziam não votar, com o objetivo de conhecê-los. E também sobre aqueles que pretendiam votar. Disse-lhes que o importante é não votarmos no escuro. É preciso saber o que estamos fazendo. E a máxima que se escuta tanto por aí, de que “todo mundo é corrupto”, “todo mundo é ladrão”, pode não ser sempre a verdade. Não é porque uma pessoa diz que o outro não presta, que realmente seja assim. Pode ser que seja um adversário, por ser que seja algum invejoso... Tudo é possível. O melhor mesmo é pesquisar em várias fontes, ouvir pessoas de sua confiança, para só então tomar a sua decisão, a qual ainda com todas essas cautelas, poderá ser errada, mas como já disse, “ninguém vem estrelado” e errar é perfeitamente normal, é humano, conforme diz o ditado. Mas, somente se acerta, correndo o risco. Aquele que se omite, corre um risco ainda maior, pois pode ver eleito e ficar sob o jugo da pessoa que abjeta, que não gosta, que não aprova... De qualquer forma, as consequências de seus atos serão antes de tudo sofridas por você. E isso vale tanto no plano material, quanto no plano espiritual. A Bíblia diz:
 “tudo que o homem semear, isso também ceifará!” (Gl 6:7).
Se a pessoa que nós votamos for eleita, nós seremos responsáveis pelos seus atos, porque ela agirá em nosso nome. E se ela também não for eleita, também seremos responsáveis pelos atos do que foi eleito, porque do mesmo modo, essa pessoa que não votamos, também agirá em nosso nome. O eleito não representa apenas os seus eleitores, mas a todo o conjunto da sociedade.
Está errado o comportamento daqueles que se elegem pelo voto do povo e que depois de eleito vai engrossar as bancadas suprapartidárias na Assembleia Estadual ou Federal, como se ouve tanto dizer: a bancada evangélica, a bancada ruralista, a bancada empresarial, entre outras.
Segundo o DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar:(http://www.diap.org.br/~diap/images/stories/publicacoesDIAP/Radiografia_011/Radiografia_011_P35.pdf:
No atual Congresso Nacional:
“um em cada três parlamentares é proprietário ou sócio de algum estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviços, ou ainda proprietário de fazenda ou de indústria agropecuária. Segundo levantamento parcial do DIAP, há 273 parlamentares nessa condição, sendo 246 deputados e 27 senadores”.
Essa é a bancada empresarial, “a mais expressiva, do ponto de vista numérico, embora nem sempre atue de modo articulado, como a bancada ruralista, por exemplo”, conclui o DIAP.
O Jornal “O Impacto” também registra matéria sobre as bancadas. A matéria está disponível em: http://www.oimpacto.com.br/artigos/jose-alves/as-bancadas-no-congresso-nacional-2/. A matéria diz o seguinte:
“É dezessete o número dos grupos organizados por deputados e senadores. O maior deles cuida dos interesses de empresários e industriais. É composto por 273 parlamentares. Em segundo vem os que estão à disposição dos fazendeiros, agropecuaristas e integrantes do agronegócio, com um total de 160 parlamentares. A menor bancada está composta por 8 parlamentares, comprometida com instituições financeiras. Apesar de pequena tem poderes para atender os desejos dos beneficiados”.
Essa não é uma atitude honesta para com o povo eleitor. Nos palanques, eles prometeram defender os interesses do povo, mas quando chegam lá, tornam-se partidaristas desta ou daquele interesse pessoal. Nós temos que aprender a votar. O mau representante deve ser expurgado de nossas preferências. É absurdo o que se vê hoje em dia. O candidato já foi condenado não sei quantas vezes pela Justiça e continua sendo candidato. E o pior de tudo, com reais possibilidades de se eleger.
Meus queridos, nós não devemos ser partidaristas. A Bíblia nos orienta nesse sentido em Fp 2:3:
“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”. 
Nada façais por partidarismos, ou por facções, dizem outras versões. Não há nenhum problema em votar em um candidato de um partido para um cargo e votar em outro candidato de outro partido para outro cargo. O que importa que façamos uma escolha consciente, que o nosso voto seja racional e não resultado de inflamações de pessoas que querem distorcer a verdade e nos induzir a erro.E para encerrar essa exposição eu quero fazer a propaganda do meu candidato. Todos falam bem de seus candidatos, mas eles podem errar em suas avaliações. Mas eu tenho certeza que se você eleger o meu candidato para ser o seu governante, você jamais se arrependerá, porque ele é perfeito, ele nunca errou e em sua boca nunca houve dolo. Ele é amigo de verdade.
A Bíblia diz em Jo 15:13:
“ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua própria vida em favor de seus amigos”. 
Isso é o que fez o meu candidato. Ele veio ao mundo para nos salvar das consequências dos nossos atos errados, para nos resgatar e nos reconduzir aos caminhos de Deus. Eu sei que você já percebeu que estou falando de Jesus. Sim! Eu estou falando dele, o amigo perfeito, o governante perfeito, o intercessor que, dia e noite, vela por nossas causas junto ao Pai, contra as astutas ciladas do maligno.
Eleja com consciência os seus candidatos. Queira o melhor não somente para você, mas para todos.
“Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo” (1 Pe 2:22).
O leite racional é o que vale a pena, é o que é verdadeiro, que é de boa origem e de boa fama, é o que virtudes e o que merece louvor. 
É o que diz o apóstolo Paulo em Fp 4:8
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.
Então essa a mensagem que temos para hoje. Espero que ela possa ajudar você a refletir e fazer a melhor escolha nas próximas eleições. Mas acima de tudo, não deixe de eleger a Jesus como o governante de sua vida.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O tempo das queimadas

 “O tempo das queimadas”
Prof. Izaias Resplandes
O Brasil é um país de contrastes. Da mesma forma que existem lindas paisagens a serem vistas, existem outras tantas, horríveis de se ver, como as queimadas, por exemplo. Elas representam cenas muito tristes! Marcam o fim das inúmeras vidas que se perdem, tanto animais, quanto vegetais. Aumentam também a força destrutiva das ventanias, pois destroem as árvores que atuam como obstáculos naturais no controle dos ventos. Assim, além do aumento da temperatura que traz um calor sufocante, também somos frequentemente bombardeados por vendavais carregados de poeira, cinza e sujeira. E todo ano é a mesma coisa.
Quando chega o inverno, aumentando a sequidão no Brasil, começam também as queimadas. Essa semana eu ouvi de uma colega professora, que “há pessoas que não podem ver uma folha seca...”. E deve ser assim mesmo, pois o que se vê é fogo e fumaça por toda parte.


Na verdade, o período intensivo do fogo já começa no mês de junho, com as “fogueiras de São João”, que acontecem principalmente no Nordeste e Centro-Oeste brasileiros.
Aqui em Poxoréu, MT, onde vivo, “as fogueiras de São João”, no mês de junho, se espalham pelas ruas, em muitas casas. Algumas delas, inclusive, são marcos dos festejos oficiais da cidade. E então, as pessoas ficam ao redor dessas fogueiras. Brincam de pular o fogo. Alguns mais corajosos chegam a andar sobre as brasas. É a síndrome do fogo, que contamina muitos brasileiros nessa época do ano. Não é por acaso que também acontecem muitos acidentes envolvendo atividades com fogo. E no caso de Poxoréu, por exemplo, o povo já deveria estar mais escaldado, já que, em outubro de 1927, a povoação de São Pedro, onde teve origem o desbravamento dessa região e que já contava com mais de três mil habitantes, foi totalmente destruída por um grande incêndio. “Tudo virou cinzas”, como escreveu o meu confrade da União Poxorense de Escritores (UPE), o prof. João de Souza, em seu artigo intitulado “O incêndio de São Pedro”.


Já em agosto, ainda que seja o tempo das lindas floradas dos ipês e de outras espécies que florescem lindamente nessa época do ano, o mês é também o tempo das queimadas... Como as pessoas gostar de colocar fogo em tudo!
O Brasil está ardendo em fogo! E quando vejo todo esse fogaréu, eu me recordo do que a Bíblia diz sobre o dia do juízo... Me recordo de que o apóstolo Pedro, em 2 Pe 3:7  diz que “os céus e a terra que agora existem, pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios”. E me lembro também das palavras registradas em Mateus 13:40, quando o próprio  Senhor Jesus diz que: “Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo”. Com certeza, o juízo virá!


Meu queridos....
Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça (2 Timóteo 3:16).
Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (2 Pe 1:21).
A Bíblia é um registro de homens que escreveram sob a inspiração de Deus (2 Tm 3:16; 2 Pe 1:21) e sábio é aquele que faz dela uma “lâmpada para os seus pés” e uma “luz para os seus caminhos” (Sl 119:105). Ela nos diz em vários textos, por interpretação direta, que as coisas terrenas são sombras das coisas espirituais (Cl 2:17, Hb 8:5; 10:1).
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo (Colossenses 2:16-17)
Não resta dúvida de que nós temos que aprender alguma coisa com esse comportamento humano invernal, de todo ano sair queimando aquilo que encontra pela frente.



Eu gosto de estudar a Bíblia, mas principalmente de relacioná-la com a Natureza, com as coisas que estão criadas, pelo fato dela própria me dizer que tudo o que de Deus se pode conhecer, Ele o tem revelado nas coisas que estão criadas (Rm 1:19-20).
Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis (Romanos 1:19-20)
E então, dentre as coisas que já tenho aprendido, uma delas é que tanto Deus, quanto o fogo não estão para brincadeira. A Bíblia é clara em relação a isso:
Hb 10:31 - Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!
Gl 6:7 - Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.
Meus queridos... Não é hora de destruir. Embainhem todas as suas espadas, pois o que fere com a espada, com ela será ferido. Guardem os seus archotes! Nós precisamos da Terra para viver e ela também precisa de nós para continuar sendo um bom lugar para nós vivermos. É certo que houve um tempo em que a sabedoria popular recomendava a limpeza dos campos através do fogo. Mas hoje os tempos são outros. Já temos poluição demais. Vamos mudar nossos hábitos. Ao invés de queimarmos as folhas secas, vamos enterrá-las. Assim, além de evitarmos a fumaça e o aumento da temperatura, ainda estaremos contribuindo para melhorar a fertilidade do solo. A Terra é o nosso lar, é a nossa casa. Sendo criada por Deus, ela nos foi entregue para ser por nós administrada. Portanto, precisamos cuidar bem dela.



Vamos fazer conforme diz a Palavra de Deus em 1 Pe 4:10. “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”.
Chega de fogaréu! Chega de fumaça! A Terra está sofrendo diante desses pecados cometidos por nós contra ela. Rm 8:22 nos diz  “que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”.

Parece que nós estamos querendo antecipar o dia do Juízo de Deus, quando Ele, pelo seu fogo consumidor haverá de fazer a purificação de sua criação, produzindo novos céus e nova terra (Is 65:17; Ap 21:1; 2 Pe 3:13).
Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão (2 Pedro 3:10).
Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão (Isaías 65:17).
E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe (Apocalipse 21:1).
Ainda que este dia esteja próximo, nenhum de nós sabe quando isso acontecerá. Esse é um mistério que o Pai guardou para si (Mc 13:32).
Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai (Marcos 13:32). 
Mas, com certeza, uma das coisas que faz Deus deixar de lado a sua misericórdia e agir com justiça é o aumento das nossas transgressões. E nós estamos transgredindo as ordens do Criador, quando ao invés de cuidar e zelar da sua criação, como bons administradores dos talentos dele recebidos, nós estamos destruindo as sementes, os animais e a natureza de um modo geral. Ao invés de estimularmos a misericórdia de Deus, nós estamos apressando o dia em que fará justiça através de seu fogo consumidor.

Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes (Mateus 25:24-30)

Queridos leitores...
Não queiramos que Deus seja rápido em sua Justiça; antes, queiramos que ele seja longânimo em sua misericórdia. Fazer justiça é dar a cada um o que é lhe é devido. PENSEMOS em nossa vida diante dos homens.
Nós temos sido justos em nossos compromissos? Temos pago as nossas contas em dia? Temos sido fiel no pagamento dos impostos? Temos exigido a nota fiscal em todas as nossas compras? Antes de comprar algo, nós temos procurado saber sobre a procedência do produto? Na questão da informática, por exemplo: ninguém tem usado algum software sem autorização do criador? ninguém tem baixado alguma música sem antes pagar pelos direitos autorais de sua reprodução pública?
Eu tenho observado que nós somos muito apressados em julgar os outros. E nem sempre seguimos a orientação da Palavra de Deus. Aceitamos como natural fazermos coisas que, embora erradas, não chamam a atenção de ninguém. Todavia, julgamos ser merecedores de severo castigo outros que fazem as mesmas coisas de forma escancarada. O apóstolo Paulo nos diz em Romanos 14:12 -Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.

Temos que tomar muito cuidado em nossa sede de justiça. Deus tem sido longânimo para com a humanidade.
Em 2 Pedro 3:9, o apóstolo Pedro registra que o “o Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”. Deus é longânimo e deseja que nós  também o sejamos. Os filhos devem imitar o pai, aprendendo com ele o modo correto de proceder. PERDOAR sempre será a melhor atitude e JULGAR sempre será um grande risco, porque aquele que perdoa, o faz porque tem um bom coração, mas aquele que condena sempre corre o risco de errar.
Embora uma coisa certa possa se tornar errada, dependendo da forma como for praticada, o mesmo não acontece com uma coisa errada, a qual sempre serra errada.

Aquele que pratica em oculto certas coisas e condena os que praticam as mesmas coisas à vista de todos é um hipócrita. E a hipocrisia foi um dos pecados mais duramente criticados por Jesus, conforme se vê nos registros do Novo Testamento, como por exemplo, no capítulo 23 do Evangelho de Mateus. Ali estão registrados diversos “ais” de Jesus para os hipócritas. E também não são brandas as palavras de juízo que Ele profere contra esse tipo de gente, que, exteriormente, parecem justas aos homens, mas interiormente, estão cheias de hipocrisia e de iniquidade. Ele diz: “Sofrereis mais rigoroso juízo!”; “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” e por último: Que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra”.
Paulo nos chama a atenção com várias declarações nesse sentido, como por exemplo, em Rm 2:21 - Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
E complementa em Ef 4:28 - Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.

Aprendamos as lições bíblicas para praticar e não para condenar os outros. Jesus diz em Jo 13:15 - Eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
É assim que devemos agir em todas as situações: perdoando e sendo misericordiosos.
Quando orarmos, peçamos o perdão e a misericórdia de Deus por nós e por aqueles que consideramos pessoas erradas e ruins, para que sejam transformados em pessoas certas e boas. E de nossa parte, procuremos fazer as coisas certas, fazendo o bem a todos. Deixemos que Deus se preocupe com a justiça.

Antes de encerrar eu quero lembrar de que, certa feita, quando Jesus ia para Jerusalém, ele enviou alguns de seus discípulos à frente para que lhes preparassem a pousada. E eles entraram em uma aldeia de samaritanos, onde não os receberam. “E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, Jesus os repreendeu, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”. Essa história está registrada em Lucas 9:52-56.
Meus queridos...
Nós estamos vivendo o tempo da graça de Deus, mas se continuarmos com esse espírito de destruição aumentando cada vez mais, com certeza nós estaremos reduzindo o tempo da misericórdia e do perdão divino e apressando o dia de seu juízo final e do castigo eterno para os transgressores.

Portanto, quero clamar a todos para que mudem suas práticas em relação à Terra. Aquele que queimava, não queime mais. Aquele destruía, não destrua mais e aquele que não cuidava, que passe a cuidar mais. Agindo assim, nós e toda a Terra agradecemos com muito carinho. Um forte abraço e até uma nova oportunidade.
Que Deus nos abençoe!