sábado, 20 de dezembro de 2014

Mensagem de Fim de Ano

Confraternização!

Quando vai chegando o fim do ano, eis que temos festas de confraternização para todo lado. É na escola; é na empresa; é em casa de algum parente... Todo mundo quer festejar e comemorar o ano de vida que teve e a possibilidade, quem sabe, de poder viver mais um ano.
Será que é errado fazer festa? Será que é errado celebrar? Reunir? Estar junto de pessoas que amamos? De pessoas com quem convivemos o ano todo?
Entendo que a confraternização está no Espírito de Cristo. Estar junto das pessoas a quem amamos é demais!
O salmista diz: “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”, Salmos 133:1-3.

A comparação que o salmista faz entre o viver em união e o orvalho do monte Hermon é algo digno de ser comentado.
O monte Hermon possui uma altura de 2.814 m. Seu pico está sempre coberto de neve, enquanto que ao seu redor a terra é seca por causa do sol ardente do verão. A pesquisa nos revela então, que o pesado orvalho do monte rega toda a região em volta, fazendo da mesma uma área muito fértil e produtiva.
Sião é a antiga Jerusalém, que está mais ao sul da atual.
O contraste entre Hermon e Sião é extremo: enquanto o primeiro representa vida por sua situação geográfica, Sião é a fronteira do deserto, que é símbolo de morte, de sequidão. A partir de Sião na direção sul só se encontra terra seca, sem vida. Enquanto a região do Hermon é rica em águas, a região do Negueve (ao sul de Sião) depende de cursos temporários de água que vêm das montanhas após as chuvas mais ao norte. No mais, encontra-se o Mar Morto, que, por seu alto grau de salinidade, não suporta nenhum tipo de vida. O deserto do Neguev ocupa em torno de 60% da área de Israel, localizando ao sul do país.
Mas o comentário que queremos fazer é sobre o encontro dos ventos quentes do Neguev (cujas temperaturas superam os 50 graus no verão) com os ventos gelados do monte Hermon. Quando isso acontece, ocorre sobre a cidade uma brisa de frescor agradável. Eu não sei se tiveram alguma experiência semelhante, mas me recordo de quando trabalhava na fazenda  molhávamos a camisa de suor, por conta do exercício e do calor intenso. Então, às vezes, uma nuvem cobria o sol e um vento leve soprava em nossa direção. Quando isso acontecia, várias vezes eu parei o serviço e abri os braços para sentir aquele frescor agradável. Eu creio que Davi aqui se refere a essa sensação de prazer.
E sendo esta ou não a interpretação mais adequada desse texto, sobre o qual já li e ouvi tantas outras, o que nos interessa ao citar o texto é a questão do prazer provocado pela união de pessoas que se identificam e que tem algo em comum e que no Salmo 133, Davi chama de “irmãos”. Acredito que, numa interpretação literal, Davi aqui destaca a união das doze tribos de Israel, que aconteceu durante o seu reinado e não aos seus irmãos carnais, os filhos de Jessé.
Entendo que a metáfora é perfeita para explicar um pouco sobre a satisfação e o prazer provocado por uma confraternização de pessoas que se identificam de alguma forma, como os colegas de serviço, colegas de aulas, membros de uma família, membros de uma igreja... Em todas essas situações, o sentimento de gozo por estar ali, toma conta de todos.
Nós passamos o ano inteiro correndo de um lado para outro com os nossos quefazeres, sejam materiais, sejam espirituais, de tal forma que quase não temos tempo nem para a família nuclear (esposa, esposo e filhos). E isso não é bom.
Nos dias de Jesus na Terra, temos um importante registro de suas palavras em Mc. 6:31, que diz o seguinte: “Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer”.
Trabalhar faz bem ao espírito e é necessário para garantirmos a nossa subsistência. A Bíblia nos diz que aquele que não quer trabalhar, então que também não coma; orienta também sobre a desnecessidade daquele que trabalha ajuntar em celeiros, porque digno deve ser o homem de seu trabalho, ainda que hoje, a maioria dos trabalhadores e aposentados do Brasil recebam apenas o chamado “salário mínimo” que não é capaz de proporcionar uma vida digna à família do trabalhador, envolvendo suas principais necessidades como comida, moradia, saúde, transporte, educação, entre outras. Mas trabalhar demais, não compensa e não faz bem.
É certo que, às vezes, por razões tais, sejamos requeridos para trabalhar um pouco mais além da nossa jornada normal de trabalho, que hoje, no Brasil, é de 8 horas diárias e 44 horas semanais. E nesse caso tenhamos que fazer horas extras. Isso também é normal.
Nos tempos de Jesus na Terra temos um registro feito em João 5:17, onde Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”. Isso, referindo-se à necessidade de ter que trabalhar no sábado, dia ao qual os judeus guardavam, deixando de fazer nele qualquer atividade laboral, seguindo a regra de que o sétimo dia seria para o descanso do obreiro.
Mas, o trabalho extra, não pode virar rotina. Mas, aonde faltam obreiros, o trabalho que é necessário, acaba recaindo sobre os trabalhadores disponíveis. Não é por acaso que Jesus orientou seus discípulos para rogassem ao Senhor da Seara, para que enviasse mais trabalhadores, por os campos são grandes e os ceifeiros, muito poucos (Lc. 10:2). É claro que a aplicação aqui é sobre o trabalho espiritual, mesmo porque, nos dias de hoje, o que mais temos é o desemprego, principalmente por conta da desqualificação dos trabalhadores.
Voltando ao assunto principal, podemos concluir que a confraternização, além de ser prazerosa, também se faz necessária, como uma oportunidade de combate ao stress do dia a dia a maioria de todos nós.
Há um corinho histórico, não sei quem foi o seu autor, mas que é muito cantado em nossos dias e que diz: “Que maravilha é ser uma família, uma família em Cristo Jesus, uma família unida, uma família real, uma família celestial”.
E isso é verdade. O entendimento deve ser festejado, a união e a paz devem ser festejadas. Há quem prefira a contenda, o conflito, a confusão, mas nas igrejas de Deus esse não é o costume. Brigas, confusões e conflitos são comportamentos malignos e que não combinam com a vida de um servo do Deus Altíssimo.
Nós somos servos do Deus Altíssimo. Nós precisamos nos reunir periodicamente para saber como vai a vida de cada um e, se houver necessidade, também podermos compartilhar com o que necessita de apoio, um pouco da força que Deus nos tem dado.
“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo”, nos ensina o aposto Paulo em Gl. 6:2.
Pelo que já dissemos, não tenho dúvidas sobre o valor, a importância e a necessidade de, periodicamente, fazermos nossas confraternizações. E que estas sejam momentos para avaliarmos o que temos feito, apararmos eventuais arestas que possam existir entre uns e outros, pedir perdão, chorar, alegrar, abraçar, sorrir e amar aos nossos semelhantes.
 “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”, Mt. 22:37-40.
É com esse espírito que desejo a todos boas festas e feliz ano novo!

Prof. Izaias Resplandes de Sousa

sábado, 18 de outubro de 2014

Resultado das Eleições em Poxoréu - 2014

Resultado da Votação em Poxoréu
PRESIDENTE 
Dilma Rousseff   PT - 4.356 votos
Aécio Neves PSDB - 2.704 votos
Marina Silva PSB - 1.211 votos

GOVERNADOR
Pedro Taques  PDT  - 4.039 votos
Lúdio Cabra PT - 2.578 votos
Janete Riva PSD - 1.220 votos

SENADOR
Wellington Fagundes  PR - 4.227 votos
Rogério Salles PSDB -2.366 votos
Rui Prado PSD - 752 votos

DEPUTADO FEDERAL
J. Barreto PR  - 1.568
Carlos Bezerra PMDB  - 1.011
Adilton Sachetti PSB - 946
Chico Daltro PSD  - 848
Fabio Garcia PSB -  566
Professor Victório Galli PSC - 383
Valtenir Pereira PROS - 266
José Augusto Curvo - Tampinha PDT  - 207
Vereador Dico PROS  - 195
Eliene Lima PSD  -  125
Murilo Domingos PR  - 103
Procurador Mauro PSOL  - 82
Cabo Juliano Rabelo PSB  - 69
Ezequiel Fonseca PP - 61
Isabel Silveira PDT  -  60
Nilson Leitão PSDB  - 52

DEPUTADO ESTADUAL
Zeca Viana PDT - 1.589
Nininho PR - 1.218
Sebastião Rezende PR -  763
Janaina Riva PSD - 472
Gilmar Fabris PSD  -  388
Luizinho Magalhães PSD  - 376
Mauro Savi PR - 333
Zé Carlos do Pátio SD - 325
Romoaldo Junior PMDB - 319
Ibrahim Zaher PSD   - 178
Renivaldo Nascimento PDT  - 160
Botelho PSB - 117
Max Russi PSB - 112
Dr. Kleber Amorim PT - 82
Rodrigo da Zaeli PSDB  - 81
Deucimar PP  -  78
Coronel Taborelli PV - 72
Baiano Filho PMDB - 70

Fonte: http://pox.zip.net/arch2014-10-01_2014-10-31.html#2014_10-05_23_34_19-176783976-0. Acesso: 19 out 2014

terça-feira, 14 de outubro de 2014

A VOLTA DO VELHO PROFESSOR


Em pleno século XX, um grande professor do século passado voltou à Terra e, chegando à sua cidade, ficou abismado com o que viu: as casas altíssimas, as ruas pretas, passando umas sobre as outras, com uma infinidade de máquinas andando em alta velocidade; o povo falava muitas palavras que o professor não conhecia (poluição, avião, metrô, televisão...); os cabelos de umas pessoas pareciam com os do tempo das cavernas e as roupas deixavam o professor ruborizado.
Muito surpreso e preocupado com a mudança, o professor visitou a cidade inteira e cada vez compreendia menos o que estava acontecendo. Na igreja, levou susto com o padre que não mais rezava em latim, com o órgão mudo e um grupo de cabeludos tocando uma música estranha. Visitando algumas famílias, espantou-se com o ritual depois do jantar: todos se reuniam durante horas para adorar um aparelho que mostrava imagens e emitia sons. O professor ficou impressionado com a capacidade de concentração de todos: ninguém falava uma palavra diante do aparelho.


Cada vez mais desanimado, foi visitar a escola – e, finalmente, sentiu um grande alívio, reencontrando a paz. Ali, tudo continuava da mesma forma como ele havia deixado: as carteiras uma atrás da outra, o professor falando, falando... e os alunos escutando, escutando, escutando...
Texto disponível em: . Acesso em: 15 out. 2014

O velho professor





Neste dia 15 de outubro de 2014 quero prestar homenagem a todos os professores de Poxoréu, de Mato Grosso e do Brasil. Homenageio a todos com o poema "O Velho Professor", ao tempo em que me recordo de minha colega de Pedagogia, a profª Rosália, que gostava de recitá-lo e que hoje não está mais conosco.



 O VELHO PROFESSOR
Anda muito doente o velho professor...
Por isso, ele não tinha agora o mesmo ardor,
que outrora o possuía e que o animava dantes.
Às vezes, quando em aula, havia mesmo instantes
em que inclinava a fronte (aquela fronte austera
onde já desbotara a flor da primavera)
e cochilava um pouco, involuntariamente.
O velho professor andava muito doente.

Era, porém, tamanho o bem que nos queria
que jamais quis pedir aposentadoria
e manter-se do Estado, á custa dessa esmola.
Era sempre o primeiro a aparecer, na escola,
com joviais maneiras, tão simpáticas,
não obstante sentir umas dores tão reumáticas
que o faziam sofrer muito, ultimamente.
O velho professor andava muito doente...

Um dia ele chegou mais tarde, alguns momentos.
Trazia nas feições sinais de sofrimentos...
A palidez do rosto, os olhos encovados
denunciavam seus pesares ignorados.
E, como para tornar a dor mais manifesta,
cravars-se-lhe fundo uma ruga na testa.
Franzia-lhe o rosto uma expressão de dor,
Andava muito doente o velho professor.

A aula começou... mas, pouco depois das onze,
o velho mestre, o bom trabalhador de bronze,
(que já perto de trinta anos ou mais, havia
que - gigantesco herói - lutava dia a dia,
para a glória da pátria e para o bem da infância,
dando batalha ao vício e combate a ignorância)
sentindo de uma dor os agudos abrolhos,
curvou as nobres cãs, cerrou de leve os olhos.

Fora fugia o sol. A manhã era calma.
Sorrindo, a natureza abria a sua alma
repleta de alegrias e cheia de esplendores.
Pela janela aberta, entrava o hálito das flores;
em toda a atmosfera azul, lavada e fina,
ressoava baixinho, assim como em surdina,
um canto celestial, harmonioso e suave,
anjos tocando, em harpa, alguma canção de ave.

Nisto ergueu-se um aluno, um pândego, um peralta
fabricou de um jornal um chapé de copa alta,
e bem devagarinho (oh! que idéia travessa)
chegou-se ao mestre... zás! enfiou-lhe na cabeça.
E rápido se foi de novo ao seu lugar.
O mestre nem abriu o sonolento olhar.
E aquele aspecto vil de truão de improviso,
rebentou pela aula estardalhante riso.
De súbito, surgiu o diretor, na aula...
Desmudou-se-lhe o gesto, estremeceu a fala,
quando ele, transformando s sua mansidão de boi
em fúria de leão nos perguntou: "Quem foi? 
Quem foi esse vilão que fez tal brejeirice,
sem respeito nenhum às cãs desta velhice?
Vamos lá! Sede leais e francos,
dizei: quem ofendeu estes cabelos brancos?"

Mas ninguém denunciou da brincadeira o autor!
Como um truão dormia o velho professor!
O diretor, então, chegou-se junto à mesa...
Via-se-lhe no rosto, o incômodo, a surpresa,
de que o sono do mestre assim se prolongasse.
Curvou-se meigamente e levantou-lhe a face.
Mas recuou tremendo, aterrado, absorto,
aniquilado e mudo... O Mestre estava morto.

domingo, 5 de outubro de 2014

O cristão, a cidadania e a política

O cristão, a cidadania e a política

Prof. Izaias Resplandes

Antes de tudo quero definir as três palavras chaves dessa mensagem, para que se tenha clareza daquilo que pretendemos apresentar.

Não há dúvidas que, desde os tempos da igreja neotestamentária do primeiro século, desde que os discípulos de Jesus foram chamados “cristãos”, na cidade síria de Antioquia, no Império Romano, ficou bem entendido que “cristão” é aquele que segue a Jesus (Cf. At 11:26). Leia mais em: http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/4987936

sábado, 27 de setembro de 2014

O VALOR DA VERDADE COMO PRINCÍPIO MORAL DO CRISTÃO


Sempre que se fala em resgate, pressupõe-se que tenha havido a perda de algo essencial. Esse é o caso. A corrupção de qualidades consagradas como a verdade, a honestidade, a sinceridade, o respeito, a atenção, a boa educação, entre outras, tem se generalizado, espalhando-se por todos os seguimentos sociais. Não tenho dúvidas em dizer que a nossa sociedade está cada vez mais corrompida no que se refere aos valores morais. Até mesmo entre os grupos mais seletos e mais conservadores verificam se alterações radicais em seus paradigmas.   Alega-se que tudo mudou e que os tempos são outros; e aquele que quiser sobreviver nesse mundo, também precisa passar por constantes transformações. Precisa fazer uma atualização em sua vida e em seu modo de ver, valorizar e sentir as coisas. E é justamente por nos posicionarmos na contramão desses pensamentos que, ortodoxamente, insurgimos com a presente reflexão. Entendemos que de fato precisamos nos atualizar em muitas coisas, mas não dá para fazer o mesmo com todos os nossos valores. Alguns deles são imutáveis para mim. 
Leia mais em: http://www.recantodasletras.com.br/mensagensreligiosas/4978954

domingo, 14 de setembro de 2014

O futuro da juventude

Prof. Izaias Resplandes

Há um versículo na Bíblia, no livro do Eclesiastes, o qual diz assim: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Cf. Ec. 11:9).

É comum de se ouvir que os jovens são o futuro da Nação; outros contestam isso, dizendo que eles são o presente e não o futuro. Na verdade, as duas afirmações podem ser verdade, porque o futuro não nega o presente, apenas se apresenta como mais uma de suas possibilidades. Mas o que queremos analisar é a possibilidade dos jovens de hoje virem a ocupar os espaços do amanhã. Não resta dúvidas de que isso é possível, desde que façam as lições de casa de hoje.

Leia mais em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2075007

sábado, 13 de setembro de 2014

A responsabilidade social do cristão


Prof. Izaias Resplandes


"Hoje eu estou me sentindo sem importância!". "Cuide de sua vida!". Essas foram as duas frases que mais tiveram impacto sobre mim durante esta semana.  A primeira, eu ouvi de um aluno na escola onde trabalho. A segunda, li no feed de notícias de uma amiga muito especial, no facebook. Ambas atacaram diretamente a minha responsabilidade social e me fizeram lembrar que eu tenho um compromisso pessoal com Deus de estar cuidando de toda a sua criação, principalmente das pessoas mais próximas de mim. Essas frases também me fizeram lembrar da história de Caim, lá no começo do mundo, quando, por despeito matara seu irmão Abel, registrada em Gn 4:3-16.

domingo, 7 de setembro de 2014

O voto racional

O VOTO RACIONAL

PROF. IZAIAS RESPLANDES

Como é meu costume fazer em todos os anos eleitorais um esclarecimento aos irmãos sobre a sua responsabilidade nesta área, aqui estamos mais uma vez realizando esse trabalho, fazendo um paralelo com o texto sagrado, visando auxiliar aos irmãos na difícil tarefa de escolher seus candidatos dentre os milhares que se apresentam nessa condição.
Eleição não é brincadeira. Ao escolher os governantes e os legisladores de nosso Estado e de nosso País, estaremos escolhendo alguém que irar colocar um jugo sobre nossas costas. Estando eles eleitos, possuem o direito de estabelecer fardos de responsabilidades para nós carregarmos ou executarmos.
A sabedoria consiste em escolher os candidatos que irão colocar fardos mais leves sobre nós. Não se vota em alguém do qual não se tenha um mínimo de conhecimento. Hoje é muito fácil conhecer um candidato. A mídia eletrônica torna isso bem mais fácil. Desse modo, antes de decidir votar em alguém, faça uma pesquisa na mídia eletrônica. Procure conhecer esse candidato. Não assuma compromisso no escuro. Não é apenas a sua vida que será afetada pela sua escolha. Toda a igreja sofrerá as consequências, qualquer que seja ela. De forma que todos nós, meus queridos, temos grande responsabilidade neste processo seletivo eleitoral.
Vamos à Bíblia buscar alguns paralelos para melhor entendermos essa questão...
A Bíblia traz uma breve narrativa sobre a história dos judeus. Eles tiveram várias formas de governo. No início eram governados pelos patriarcas. Depois vieram os juízes, os reis e, atualmente, Israel é uma República Parlamentarista governada pelo primeiro ministro Benjamin Netanyahu e tendo como Chefe de Estado, o advogado Reuven "Ruby" Rivlin, eleito em junho de 2014, para um mandato de 7 anos.
O último juiz do Israel bíblico foi o profeta Samuel. Ele foi um bom juiz, mas já estando velho tomou a decisão de nomear seus dois filhos como juízes em seu lugar, o que foi um desastre, porque:
 “seus filhos não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram suborno, e perverteram o direito” (1 Sm 8:3).
Esse é um risco que corremos ao eleger alguém para nos governar em um sistema político como o brasileiro, no qual os eleitos possuem mandatos de quatro anos, a exceção dos senadores que têm mandato de oito anos.
Ninguém vem com uma estrela na testa dizendo que será um bom governante ou um bom representante. De forma que poderemos errar em nossas escolhas e termos que sofrer amarguras por conta disso até o término dos mandatos, visto que é bem difícil cassar o diploma de um eleito, embora não seja impossível, já existe previsão legal para tanto.
No Israel bíblico, o povo entendeu que era melhor encerrar a era dos juízes e escolher um rei. E então pediram isso a Samuel, o qual não gostou da ideia, mas consultando a Deus, o qual embora também não se agradasse da decisão, concordou com a decisão, apenas mandando que Samuel esclarecesse quais seriam os direitos do rei.
Assim diz a Palavra: 
“Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti. Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles” (1 Sm 8:8-9).
A atitude de Deus não poderia ser diferente. Como Criador, havia feito o homem dotado de livre arbítrio, com direito de tomar as decisões que desejasse. Todavia, o Senhor sempre advertiu ao homem sobre suas eventuais escolhas, antes dele tomar suas decisões.
Lembremos de Adão, o primeiro homem, feito diretamente pelas mãos de Deus, do pó da terra e se transformado em alva vivente pelo sopro divino em suas narinas.
Após a sua criação, diz a Bíblia que 
“tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:15-17).
As normas jurídicas são compostas de duas partes: preceito e sanção, sendo que no preceito encontra se a conduta ordenada pelo direito, podendo ser de proibição, obrigação ou permissão, enquanto que a sanção encerra a consequência da inobservância do preceito.
A ordem de Deus para que o homem não comesse da árvore do conhecimento era o preceito da lei divina. E a sanção estabelecida para a desobediência da norma era: Se dela comeres, certamente morrerás!
E assim acontece com todos os preceitos de Deus. Eles trazem um alerta para que o homem evite a conduta perniciosa, que ocasiona danos, que é prejudicial, nociva, ruinosa ou perigosa. E o homem tem a liberdade de decidir se faz ou não faz. Foi um homem desse tipo, aquele que Deus criou. O que ele espera é que tão somente, cada um de nós aja de forma responsável, não apenas pensando em si mesmo, mas pensando sempre no coletivo, preocupando com todos e não apenas com seu próprio umbigo.
Mas voltando a Samuel, eis que ele falou: 
“Todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei. E disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós; ele tomará os vossos filhos, e os empregará nos seus carros, e como seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros. E os porá por chefes de mil, e de cinquenta; e para que lavrem a sua lavoura, e façam a sua sega, e fabriquem as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros. E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos. E as vossas sementes, e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais, e aos seus servos. Também os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores moços, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de servos. Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia. Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei” (1 Sm 8:10-19).
Nem sempre o bom conselheiro é ouvido. O povo do Israel bíblico preferiu não ouvir aos conselhos de Samuel e assumiram a responsabilidade de sua decisão. Nós também temos liberdade de seguir aquilo que nós achamos melhor, ao invés de ouvir aos nossos líderes confiáveis. Mas  orientação bíblica é no sentido contrário, ou seja, o desejo de Deus é que sejamos prudentes e tomemos e sigamos orientações com as lideranças que cuidam de nossas almas em nome de Deus. 
Assim diz a Bíblia em Hb 13:17  
“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”.
É evidente que até nisso prevalece o nosso livre arbítrio, no sentido de ouvir ou não ouvir. Todavia, aquele que toma conselhos, com certeza haverá de tomar a melhor decisão, principalmente se ouve as pessoas certas, que realmente estão sempre do seu lado, orando, ensinando e cuidando de você.
Nos últimos dias, como professor, ouvi muitos alunos dizendo que não vota em fulano, não vota em sicrano e et cetera e tal. E a todos perguntei por que? E não tinham uma resposta. Então os orientei a pesquisar sobre os candidatos que eles diziam não votar, com o objetivo de conhecê-los. E também sobre aqueles que pretendiam votar. Disse-lhes que o importante é não votarmos no escuro. É preciso saber o que estamos fazendo. E a máxima que se escuta tanto por aí, de que “todo mundo é corrupto”, “todo mundo é ladrão”, pode não ser sempre a verdade. Não é porque uma pessoa diz que o outro não presta, que realmente seja assim. Pode ser que seja um adversário, por ser que seja algum invejoso... Tudo é possível. O melhor mesmo é pesquisar em várias fontes, ouvir pessoas de sua confiança, para só então tomar a sua decisão, a qual ainda com todas essas cautelas, poderá ser errada, mas como já disse, “ninguém vem estrelado” e errar é perfeitamente normal, é humano, conforme diz o ditado. Mas, somente se acerta, correndo o risco. Aquele que se omite, corre um risco ainda maior, pois pode ver eleito e ficar sob o jugo da pessoa que abjeta, que não gosta, que não aprova... De qualquer forma, as consequências de seus atos serão antes de tudo sofridas por você. E isso vale tanto no plano material, quanto no plano espiritual. A Bíblia diz:
 “tudo que o homem semear, isso também ceifará!” (Gl 6:7).
Se a pessoa que nós votamos for eleita, nós seremos responsáveis pelos seus atos, porque ela agirá em nosso nome. E se ela também não for eleita, também seremos responsáveis pelos atos do que foi eleito, porque do mesmo modo, essa pessoa que não votamos, também agirá em nosso nome. O eleito não representa apenas os seus eleitores, mas a todo o conjunto da sociedade.
Está errado o comportamento daqueles que se elegem pelo voto do povo e que depois de eleito vai engrossar as bancadas suprapartidárias na Assembleia Estadual ou Federal, como se ouve tanto dizer: a bancada evangélica, a bancada ruralista, a bancada empresarial, entre outras.
Segundo o DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar:(http://www.diap.org.br/~diap/images/stories/publicacoesDIAP/Radiografia_011/Radiografia_011_P35.pdf:
No atual Congresso Nacional:
“um em cada três parlamentares é proprietário ou sócio de algum estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviços, ou ainda proprietário de fazenda ou de indústria agropecuária. Segundo levantamento parcial do DIAP, há 273 parlamentares nessa condição, sendo 246 deputados e 27 senadores”.
Essa é a bancada empresarial, “a mais expressiva, do ponto de vista numérico, embora nem sempre atue de modo articulado, como a bancada ruralista, por exemplo”, conclui o DIAP.
O Jornal “O Impacto” também registra matéria sobre as bancadas. A matéria está disponível em: http://www.oimpacto.com.br/artigos/jose-alves/as-bancadas-no-congresso-nacional-2/. A matéria diz o seguinte:
“É dezessete o número dos grupos organizados por deputados e senadores. O maior deles cuida dos interesses de empresários e industriais. É composto por 273 parlamentares. Em segundo vem os que estão à disposição dos fazendeiros, agropecuaristas e integrantes do agronegócio, com um total de 160 parlamentares. A menor bancada está composta por 8 parlamentares, comprometida com instituições financeiras. Apesar de pequena tem poderes para atender os desejos dos beneficiados”.
Essa não é uma atitude honesta para com o povo eleitor. Nos palanques, eles prometeram defender os interesses do povo, mas quando chegam lá, tornam-se partidaristas desta ou daquele interesse pessoal. Nós temos que aprender a votar. O mau representante deve ser expurgado de nossas preferências. É absurdo o que se vê hoje em dia. O candidato já foi condenado não sei quantas vezes pela Justiça e continua sendo candidato. E o pior de tudo, com reais possibilidades de se eleger.
Meus queridos, nós não devemos ser partidaristas. A Bíblia nos orienta nesse sentido em Fp 2:3:
“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”. 
Nada façais por partidarismos, ou por facções, dizem outras versões. Não há nenhum problema em votar em um candidato de um partido para um cargo e votar em outro candidato de outro partido para outro cargo. O que importa que façamos uma escolha consciente, que o nosso voto seja racional e não resultado de inflamações de pessoas que querem distorcer a verdade e nos induzir a erro.E para encerrar essa exposição eu quero fazer a propaganda do meu candidato. Todos falam bem de seus candidatos, mas eles podem errar em suas avaliações. Mas eu tenho certeza que se você eleger o meu candidato para ser o seu governante, você jamais se arrependerá, porque ele é perfeito, ele nunca errou e em sua boca nunca houve dolo. Ele é amigo de verdade.
A Bíblia diz em Jo 15:13:
“ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua própria vida em favor de seus amigos”. 
Isso é o que fez o meu candidato. Ele veio ao mundo para nos salvar das consequências dos nossos atos errados, para nos resgatar e nos reconduzir aos caminhos de Deus. Eu sei que você já percebeu que estou falando de Jesus. Sim! Eu estou falando dele, o amigo perfeito, o governante perfeito, o intercessor que, dia e noite, vela por nossas causas junto ao Pai, contra as astutas ciladas do maligno.
Eleja com consciência os seus candidatos. Queira o melhor não somente para você, mas para todos.
“Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo” (1 Pe 2:22).
O leite racional é o que vale a pena, é o que é verdadeiro, que é de boa origem e de boa fama, é o que virtudes e o que merece louvor. 
É o que diz o apóstolo Paulo em Fp 4:8
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.
Então essa a mensagem que temos para hoje. Espero que ela possa ajudar você a refletir e fazer a melhor escolha nas próximas eleições. Mas acima de tudo, não deixe de eleger a Jesus como o governante de sua vida.